Atualmente, falamos muitos sobre IOT, porém realmente conhecemos IOT e suas possibilidades?.Neste artigo venho dar uma breve introdução sobre o que é, como funciona, mercado e aonde podemos chegar.

O Termo IOT é a abreviação de “INTERNET OF THINGS”, em português conhecido como internet das coisas.

O conceito sobre IOT vem sendo desenvolvido há décadas, porém, somente em setembro de 1999 o termo foi criado por Kevin Ashton, um pioneiro na área de IOT.

IOT ou Internet das coisas são dispositivos conectados entre si, podendo ser, por exemplo, uma pessoa, um animal, um automóvel, ou qualquer “coisa” que esteja devidamente conectado.

Como funciona IOT?

Pense da seguinte maneira: você chega em sua residência e deixa o portão da sua casa aberto. Logo você entra em casa e liga a tv, a tv te avisa que o portão está aberto e irá fechar para você. Ou então, você começa esquentar um café e a torradeira automaticamente pergunta se vai querer um pãozinho para acompanhar.

São exemplos simples, porém práticos da utilização de IOT no dia a dia. E vamos muito além disso.

Atualmente a comunicação entre dispositivos IOT é feita de diversas formas, porém a mais mencionada na comunidade é RFID (radio frequency identification) o que torna os dispositivos apenas visíveis.

Um exemplo da utilização de etiquetas RFID é uma geladeira IOT, onde ela efetuaria a leitura dos produtos, registraria estes produtos e avisaria datas como vencimento de produtos ou realizar compras e solicitaria a entrega dos mesmos entre outras infinitas possibilidades.

E o mercado, como fica?

Na espera global, hoje temos em torno de 6 bilhões de dispositivos conectados a internet, uma breve projeção é que em 2020 chegará a marca dos 50 bilhões.

Estima-se que em 7 anos, IOT no brasil movimentará por volta de R$ 200 bilhões, em torno de 10% do PIB nacional.

Com isso, temos infinitas possibilidades de mercado, principalmente na área de marketing, saúde, terminais de autoatendimento, rural, cidades entre outros.

Este ano de 2019, o BNDES irá investir em 15 projetos de IOT.

Veja quais são as áreas irão receber incentivos para desenvolvimento em suas tecnologias.

Saúde

Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar)

Monitoramento do estoque e automação dos pedidos de reposição de cilindros de oxigênio, vigilância do consumo e registro da posologia. Município: Recife, PE

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP)

Monitoramento dos ativos hospitalares (bombas de infusão, macas, cadeiras de rodas e ambulâncias); 2 -Triagem de retinopatia diabética por teleoftalmologia. Município: São Paulo, SP

Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC)

Monitoramento remoto para controle de sepse em crianças com câncer; e monitoramento remoto aplicado à qualidade do sono. Município: São Paulo, SP

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Desenvolvimento de soluções para um “Hospital Digital” envolvendo gestão automatizada e inteligente de ativos, pacientes, agentes de saúde, procedimentos e prontuários. Município: Rio de Janeiro, RJ

Rede Nacional de Pesquisa (RNP)

Monitoramento remoto de crianças e adolescentes com obesidade. Município: Fortaleza, CE

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS)

Monitoramento remoto de pacientes com hipertensão. Município: Porto Alegre, RS

Rural

Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD)

Otimização no uso de máquinas agrícolas, monitoramento pluviométrico , gestão de pragas e técnicas de pecuária de precisão para o bem-estar de bovinos. Municípios: Diamantino, MT; Correntina, BA; Pradópolis, SP; e Lucas do Rio Verde, MT

Embrapa Informática

Gestão de pragas e maquinário, monitoramento de bem estar animal na bovinocultura de leite e utilização de sistemas de IoT para integração lavoura-pecuária-floresta. Municípios: Carazinho, RS; Santa Maria do Pará, PA; Castanhal, PA; Barbalha, CE; Valença, RJ; São Carlos, SP; São João da Boa Vista, SP; Itatinga, SP; Sinop, MT; Recanto das Emas, DF; Paraí, RS; Bom Despacho, MG; Boa Esperança, MG; Passos, MG; e Coronel Pacheco, MG

Fundação para Inovações Tecnológicas (Fitec)

Plataforma integrada de dados (clima, solo, manejo, máquinas, eficiência energética e eficiência hídrica) para monitoramento e recomendações sobre o uso de recursos naturais, insumos e maquinário. Município: Uberlandia, MG

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Otimização de recursos energéticos, recursos naturais, insumos agrícolas, maquinário agrícola, além de soluções voltadas ao pequeno produtor agrícola. Municípios: Holambra, SP; e Santiago do Norte, MT

Cidades

Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD)

Uso de câmeras e visão computacional para segurança pública; predição avançada do clima; provimento do serviço de veículos elétricos compartilhados; e plataforma completa de telegestão para iluminação publica. Município: Campinas, SP

Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações (Finatel)

Implantação de telegestão na rede de iluminação inteligente e integração com videomonitoramento para segurança pública. Municípios: Santa Rita do Sapucaí, MG; Caxambu, MG; e Piraí, RJ

Fundação para Inovações Tecnológicas (Fitec)

Implantação de rede de iluminação pública habilitadora de soluções de IoT, tais como lixeiras inteligentes, videomonitoramento para segurança pública, defesa civil e parquímetros eletrônicos. Município: Mar de Espanha, MG

Instituto Atlântico

Implantação de redes de iluminação pública habilitadoras de soluções de IoT, visando à redução do tempo de deslocamento, aumento da atratividade de transportes públicos e o aumento da capacidade de vigilância para segurança pública. Municípios: Fortaleza e Juazeiro do Norte, CE; e Petrópolis, RJ

Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC)

Utilização de single board computer Labrador (foto) para controle inteligente da rede semafórica da cidade de São Paulo e monitoramento de situações de crime e ameaças à segurança urbana. Município: São Paulo/SP

Somente estes projetos somam o total de R$ 88 milhões em investimento.

Conclusão

E aonde podemos chegar cabe a cada um de nós desenvolver cada vez mais skills nessa área que embora não seja tão nova, ainda anda a pequenos passos e que tem espaço para todo mundo.

Espero que tenham gostado de uma breve introdução ao mundo do IOT

Até breve onde continuarei escrevendo sobre tendência e tecnologias IOT.

Sobre o autor

André Santini é formado em Analise e desenvolvimento pela Unicesumar há 3 anos. Atua como desenvolvedor java na Equipe ITServices da DB1 Global Software. Se interessa pelas áreas de IOT, Automação e M2M, Maching learning e inteligencia artificial. Aspirante a violinista e futuro professor universitário.